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BNP 144G-1 a 13

c. 1919

A.

Aristography: a new system of
shorthand.

In Portuguese, English, French and
Spanish primarily.

Write out first the fundamental
elements of the system, includ-
ing the ʺgrammaloguesʺ. The ad-
enda — to be worked at after-
wards — are the phraseographic
outlines.

Commercial possibilities: (1) The es-
tablishment of a concern ra-
dically dedicated to A. , though
with possible ulterior develop-
ments in correlated matters
(as Pitmanis); (2) The establish-
ment of a general concern (e. g.
Cosmopolis) of which the A. section
is but a part; (3) the making
over of the rights of the invention
to come concern or other, pre-
ferably on the basis of a certain
immediate sum or a stipulated
monthly payment. In the last
case study whether these rights
should be for all the languages.

B.

Parlour (board) games:

1. Football.
2. Cricket.
3. Strategy.
4. The other game (simple).
5. Aspects (astrological game).

The only logical commercial possi-
bility seems to be to patent
these and sell the patents
summarily. But in the case
of ʺCosmopolisʺ it might be
worth considering whether the
games might not better be
ʺpublishedʺ by it.

C.

An Insurance Company for the
purpose of guaranteeing
the honesty of all classes
of employees. (Martin Hewitt).

Study the special type of or-
ganization required, and
work out the details involv-
ed in the plan; consider es-
pecially whether the insurance
is paid by employer or em-
ployee (the first, it seems), etc.

As basis the necessity there seems
to be for this, considering the
great deal of dishonesty there
is now. Yet would the idea
catch? Would this better be
a special company, or only a
special dept. of an establish-
ed company?

Try to form this and, if successful,
sell the organizer’s rights to
the 10% on the legal number
of first years, or whatever these
rights may be.

D.

Telegraphic Codes:

1. The ʺTen times Tenʺ Code.
2. The ABCD code.
3. The Elementary Code (the one
originally invented).
1. Combined Code (to 50 or 80)
2. Condensation Code. {
3. Simple Code (from
by )

Commercial possibilities: The best
plan seems to be to sell
the ideas, either summarily,
or, for instance, for use with
the ABC 5th. Edition. Only in
the case of ʺCosmopolisʺ would
it be worth considering whether
a special elaboration and a
particular publication might
not be preferable.

3. Model or type for the construction
of private codes. (99-999)

E.

ʺCosmopolisʺ — or some like name.

Notes for its organization:

(3 plans here),

1. Informações diarias a respeito de
comboios, de partidas e chegadas
de vapores e de passageiros, de
entradas em hóteis etc. (Hotels
can pay to this. Adv. on back
of these papers). (A)
2. Idem a respeito de viagens, comboios,
viagens circulatorias, etc.
3. Traducções de e para todas as lin-
guas; correspondencia commercial
(A) nellas, ou a um tanto por carta,
ou mediante contracto (mensal).
4. ? Montagem e realização de escriptos.
5. Listas de exportadores, importadores,
negociantes e fabricantes (talvez
por contracto com casas como
Dun).
6. Obtenção de agentes nas provincias
e no estrangeiro.
7. ! Buscas litterarias nas bibliothecas;
pesquizas heraldicas e geneologi-
cas.
E (2)
8. Redacção correcta de cartas, cir-
culares, catalogos, etc. em
portuguez e outras linguas.
9. Revisão de provas typographicas,
seguindo a orthographia que se quizer. Revisão or-
thographica tambem.
10. Cortes de jornaes, nacionaes e
estrangeiros (contractos com casas
estrangeiras para estes).
11. Agencia litteraria geral: opinião
sobre livros que se tencionem
publicar; agencia de collocação
de artigos, livros, etc., aqui e
no estrangeiro (traduzindo-se;
se fôr preciso).
12. Informações litterarias geraes; tra-
balhos litterarios de encommenda;
procura de preços para se re-
presentar.
13. Informação semanal sobre com-
mercio e movimento commercial, do movimento al-
fandegario e financeiro, in-
cluindo o do Estado e dos es-
tados estrangeiros e bolsas es-
E (3)

trangeiras (retographias).
14. Informação estatistica.
15. Informações commerciaes (não
particulares, excepto quando
para fins commerciaes) daqui
e do estrangeiro (contractos)).
16. Compras aqui e no estrangeiro,
assignaturas de jornaes estran-
geiros e nacionaes — mais ba-
ratas, talvez, para réclame —,
obtenção de catalogos, etc.
17. Á disposição do publico (sub-
scriptores a uma quota facil)
annuarios estrangeiros e nacio-
naes, codigos telegraphicos, listas
de fabricantes e archivo geral,
diccionarios, almanaches, livros
de referencia, etc.
18. Manufactura de codigos particula-
res, de cifras para correspon-
dencia secreta, etc.
19. Edições de codigos telegraphi-
cos proprios.
20. Bibliotheca technica e commercial
de consulta.
21. Edição do “All About Portugal”.
E (4)
22. Edições especiaes: pequeno diccio-
nario portuguez, diccionarios
technicos — commerciaes.
23. Aristographia.
24. Trabalhos á machina, ao copio-
grapho
e retographo, e da
imprensa, por preços reduzi-
dos.
25. Edição de uma agenda, ou de mais
(segundo as technicas — agricola, etc.)
26. Annuarios em todos os jornaes de
Portugal e estrangeiro, com con-
tractos especiaes e escolha de
C.
27. Especialidade em mandar vir
livros do estrangeiro, e em
manter quem quizer informa-
do acerca de livros, do seu
interesse, que vão sahindo.
28. ʺA Semanaʺ — semanario de
artigos completos, em todos
os generos e resumidos, salvo
os artigos especiaes.
29. Endereçar e expedir cartas,
circulares, etc.
30. Bureau de recepção de
E (5)

correspondencia, para quem não
queira receber em casa (especie
de posta-restante com apartados,
não se admittindo iniciaes, para
não confundir com annuncios,
mas podendo haver endereços
como ʺCaixa 23ʺ, Cosmopolis).
31. Edição de bilhetes postaes illustra-
dos, sobretudo do paiz, e albuns de visitas.
/ 32. Listas de casas para alugar, en-
X carrega-se de as alugar; e tam-
bem compra e venda de proprie-
dades (combinação com os agen-
tes para não os prejudicar)./
33. Organização de leilões.
34. Trabalhos de advocacia e procura-
doria (talvez excluindo a co-
brança de contas e de dividas).
35. Agencia de noticias (contracto com
Reuter?), correspondencia para
jornaes estrangeiros.
36. Photographias do que se deseje, aqui
ou lá fóra (para aqui photogra-
phos seus).
37. Informações e trabalhos em todas
as repartições do estado (e. g.
E (6)

registo de minas).
38. Informação para o estrangeiro a
respeito de Portugal.
39. Publicidade: escrevem-se e illus-
tram-se annuncios, e organi-
za-se publicidade. (no paiz de )
40. Opinião a respeito do papel
timbrado, como fica melhor, etc.
Montagem de escriptorios, at-
tendendo á mobilia, á ru-
cisnação, etc.
41. Club, com restaurant, sobretudo para
commerciantes (or cheap meals). *
/ 42.+ Bilhetes postaes estrangeiros es-
criptos de lá./
/ 43.+ Fornecem-se citações. (Dict. of
Quotations)./
44. Agencia de marcas e patentes,
no paiz e no estrangeiro; in-
formações a este respeito, listas
de cousas a inventar.
45. Idéas para marcas, ex-libris,
normas de firmas, etc. Titulos
de livros...
46. Aperfeiçoamento de invenções —
ideas summariamente dadas.
E (7)
47. Projectos de toda a especie — em
engenharia, architectura, etc. T.
48. Projectos de decoração de mon-
tras, de construção e decora-
ção de estabelecimentos.
49. Sala de leitura, com jornaes
e revistas de toda a parte.
50. Graduação de subscriptores; por ex.,
nem todos os que teem direito á
sala de leitura, o devem ter á
consulta da bibliotheca, etc.
51. Orçamentos e relatorios, por
technicos (v. nº 47 ) T.
52. Que pessoal fixo é preciso, e que
pessoal de occasião?
53. Qual a parte, ou o papel, do
organizador dʼesta Agencia?
54. Compra e venda de
minas, de concessões coloniaes e outras.
55. Emblema e papeis para a casa.
56. Gabinete de leitura (lending library)
bem organizado e em todos os
ramos.
57. Local para esta Agencia.
58. Agencia de collocações (excepto pa. T.
creadas de servir).
E (8)
59. Posto telephonico de chamadas, inclusive
para fóra de Lisboa. (Posto de
telegraphia sem fios). *
60. Fornecimento de interpretes e indi-
cações (gratis) aos touristes e
viajantes.
61. Propaganda geral de Portugal no es-
trangeiro.
62. Indicações para emprestimos, hy-
pothecas, etc. (mas não os faz).
63. Examinar o criterio de não con-
correr
com ninguem, mas apenas
facilitar, informar, pôr em
relação uns individuos com
outros.
64. Guide-books, desenvolvidos e resumidos,
para touristes; guide-books do es-
trangeiro mais baratos.
65. Annuario Geral de Portugal e Colonias.
66. Annuario da Sociedade. (Archivo de endereços,
em vez de annuario.
Sociedade e commercial)
67. Almanach da Cosmopolis — genero
Whittaker e Statesmanʼs.
68. Semanario sobre Portugal para o
estrangeiro.
69. Annuario Portuguez para o
estrangeiro.
70. Edições genero Tauchnitz (ingleza)
E (9)
71. Edições de classicos portuguezes, tra-
duzidos, para o estrangeiro.
72. Edições baratas de classicos (o
plano de Olisippo).
73. Indicação de escholas e collegios,
professores e explicadores.
74. Indicações a provincianos e
estrangeiros onde devem
fazer compras em Lisboa; e
a nacionaes onde as devem
fazer no estrangeiro.
75. (Cosmopolis interessa-se sempre
por tudo quanto é portuguez
ou brasileiro, e procura auxi-
liar no que pode os nacionaes
d’estes dois paizes.)
76. Passaportes da Cosmopolis.
77. Compras da C. para o paiz e estrangeiro.
78. (Oito chefes de secção, um inspector
geral, e um director, ou director-
chefe.)
79. Cosmopolis interessa-se por todos os
estrangeiros que queiram visitar
ou vir estabelecer-se em Portugal
ou no Brasil.
80. Cursos especiaes — Pelman, will-power
E (10)

(mas decente), etc. Em todo o caso,
nem escholas de linguas, nem nada
que concorra com contributos espe-
ciaes. Pode, porém, haver certos
cursos (a estudar) por correspon-
dencia.
81. Cinco revistas de ʺestreitamento de re-
laçõesʺ, de typo differente, em
vista dos paizes: luso-britannica,
luso-americana, luso-franceza,
luso-hispanhola e luso-italiana.
82. Rehabilitação da ʺContemporaneaʺ, po-
dendo ter as dimensões do ʺMotorʺ e
chamar-se mesmo ʺCosmopolis.ʺ
83. (Wives & daughters (female relatives)
of subscribers can subscribe on
a basis.)
84. Agencia geral para o estimulo dos
interesses portuguezes e brasileiros
no estrangeiro. Consules da Cos-
mopolis.
85. Informações das casas estrangeiras
que estão representadas em
Portugal.
86. Quota dos socios A — 10 escudos. E
de ahi para baixo. Talvez sa-
E (11)
las especiaes, de jantar e outras,
para estes socios.
87. ((Ida ao estrangeiro para estu-
dar quanto seja preciso — syste-
mas de archivo e decoração es-
pecial, etc.))
88. (Three plans here: (A) Cosmopolis, a-
gencia geral; (B) G. de C. Portugueza,
empreza ; (C) Club Com-
mercial Portuguez.)

F.

All purely matters, hav-
ing no special characterist-
ics — such as may integrate
them in other plans — to
M. N. de Freitas .

(Quite so — 17.6.1919).

G.

Portuguese Wine & Mineral Water
enterprise — to place special
types abroad, or, even, at home.

H.

ATHENA — escola de organização.

1. Cursos de latim e de grego.
2. Curso systematizado de portuguez (e,
no caso estrangeiro, de outras linguas).
(Mesmo aqui, do ensino systematizado
de linguas estrangeiras).
3. Não é uma escola de natureza
primaria, mas de aperfeiçoamento
e systematização.
4. Crear creadores.
5. We educate idlers also & pure demo-
cratic personalities. To be a perfect
of public, a man of the word, is a man in thing of
6. José Collares — manager (principal)
for correspondence.
7. Generality is our speciality.
8. Courses:
(a) Business organization.
(b) The Science of Idling.
(c)

Lista manuscrita no caderno 144G (cf. http://purl.pt/13883), publicada parcialmente em Ferreira, Fazer pela vida. Um retrato de Fernando Pessoa empreendedor (2005, 217-222).

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    • Martin Hewitt

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